sábado, 24 de dezembro de 2011

Com o Criador.
Simetrias, sinergias, sincronias, sintonias,
simbologias, sinfonias, simpatias...O prefixo Sym indica “com”, ou se preferir
união em sentido compartilhado.

Se Deus for em analogia considerado o mar pleno de
possibilidades, possibilidades estas em total sinergia, permitindo um sentido
pleno e denso sem quaisquer lacunas ou fragmentos; podemos por nossa vez sermos
considerarmos como uma onda a percorrer tal mar.
Uma onda é analogia interessante, pois uma vez
criada continua integrada à matriz de onde proveio, e ao mesmo tempo tem vida,
ou movimento próprio de existência, expandindo-se a partir de um centro
original até o infinito. É portanto eterna, nunca se desfazendo e nunca se
dissociando da matriz.
Onda possuidora de todos os eixos de possibilidade,
mas que em sinergia latente aguardam as sincronias que permitirão o adensar de
seu eixo central de sentido, atendendo sempre ao gradiente perpétuo que lhe
permite o movimento de existir e evoluir.
Temos em nós a essência do todo, mas ainda não vivificada
de início, sendo que aos poucos acessamos e validamos tal conteúdo latente.
Como onda divisada do todo adquirimos inclinação
própria, deixando virtualmente a sinergia plena, e passando em substituição a
refletir este mesmo todo em nós. Deixamos a realidade essencial e passamos em
lugar a refletí-la em nós. Mudamos de lado com o espelho.
Somos herdeiros do criador e temos em nós todos as
possibilidades permitidas por Ele.
A princípio de forma fragmentada, pois os eixos que
se manifestam em facetas estão a espera da sinergia que os integrará
interiormente.
Cada possibilidade um eixo latente, cada eixo uma
faceta. Facetas que indicam fragmentação.
Passamos assim a refletir o pleno em facetas nos
apresentamos como luz refletida em prisma.
Gradativamente integraremos os eixos em sinergia e
evoluiremos em sentido. Sentido que integrará as facetas interiormente, abrindo
espaços novos que nos ligarão de forma mais íntima com o criador.
Somos movimento de sentido evolutivo dentro do mar
pleno de possibilidades permitido pelo Criador.
Refletiremos em nós os espaços plenos do criador,
mas para isto necessitamos de um espelho magnífico constituído pela sinergia de
todos os nossos eixos de possibilidades latentes. Tal espelho se confecciona
aos poucos.
Cada vez mais abrimos novos portais de acesso a
novas sincronias.
Temos simetria com o pleno, mas devemos conquistar
o acesso a tais campos de possibilidade.
A simetria com o pleno nos faz singrar o mar sem
fim.
Somos espelhos vivos a aumentar nossa nitidez e
amplitude de percepção.
Somos espelhos pois ao surgimos neste mar deixamos
de estar em plenitude para refletir a plenitude; até que um dia o reflexo em
nós se abra como portal permitindo nosso retorno em sincronia com o pleno, sem
no entanto deixar de existir como unidade.
Deus não é o pleno, pois que é gerador do pleno.
Deus é inalcançável pela nossa razão e mesmo pela nossa intuição incipiente.
Podemos apenas evoluir um pouco em aproximação ao
que será um dia a verdade definitiva, porém somente após nossa onda fazer
uníssono com o mar pleno; uníssono ou simetria que é janela para se enxergar
Deus.
Temos em nós concordância latente com a plenitude,
precisamos no entanto apenas nos esforçarmos para criar em nós a condição
adequada para a refletirmos. Agregar todos os eixos em sinergia em uma lente
magistral.
Assim buscamos as simetrias que nos irão ascender
na senda evolutiva. Simetria que jaz latente a aguardar o acesso a novos campos
de possibilidade.

O espaço interno onde os eixos se agregam em
sinergia é um espaço sem lacunas, porém denso e múltiplo em sentido. Deixa de
ser espaço exterior lacunar, onde as distancias separam os eixos fragmentos
para tornar-se espaço interior de possibilidades onde os eixos se fundem na
plenitude sem limites.
Dimensões físicas são poeris se comparadas às
dimensões de possibilidade.
O movimento externo em busca de sincronias
distantes é estagnação se comparado ao movimento pleno em sincronia total com o
sentido permitido pelo Criador.
Como imaginar espaços esotéricos que se fundem em
sinergia? Pensemos apenas nas possibilidades que se potencializam ao infinito.
Os espaços exotéricos são de fato separações ou
lacunas, nãos refletindo liberdade de fato. São apenas limitações das
possibilidades.

Com o Criador

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Uma simetria relaciona-se com a forma como determinados objetos mantêm suas características mesmo que sofram algum tipo de transformação.
Implica em semelhança de condições ao redor de um eixo determinado
Uma simetria tem a ver com a maneira como alguns sistemas mantêm determinadas propriedades inalteradas mesmo submetendo-se a transformações. A preservação das características essenciais do sistema naquele plano de simetria representa a manifestação de sua simetria específica.
Existem objetos com muitos eixos de simetria e objetos com apenas um eixo de simetria.
Se um objeto possui um eixo de simetria este permitirá um movimento harmônico ao longo deste eixo.
Muitos eixos de simetria, muitos movimentos harmônicos possíveis. O incremento de simetria de um objeto implica em incremento da sua possibilidade de movimento.
Se pegarmos um círculo ele terá menos eixos de simetria que uma esfera. A esfera tem um incremento de simetria em relação ao círculo. Assim como o círculo tem um incremento de simetria em relação a elipse.
O círculo tem vários planos de simetria, porém círculo e elipse apresentam diferentes níveis de simetria num mesmo plano.
Uma esfera pode movimentar-se com facilidade em muitas direções possíveis. A roda circular no entanto pode movimentar-se com desenvoltura apenas em uma direção, porém seu movimento é muito mais eficiente do que o de uma roda elíptica.
Toda simetria implica em algum tipo de movimento harmônico e portanto eficiente.
Um carro com rodas elípticas gastará muito mais energia para ir de A para B do que outro carro com rodas circulares.

Podemos encontra na natureza diversos tipos de simetrias nas formas bilaterais, as radiais, as cilíndricas e outras.
Mas poderíamos abstrair a idéia de simetria das formas físicas e transpô-la para outros tipos de sistemas?
Imaginemos que pudéssemos transladar a essência da simetria das formas para uma hipotética simetria funcional.
Uma célula, por exemplo, é uma entidade funcional e mesmo sofrendo as influências do meio, e a um constante movimento interno de mudanças, busca no entanto manter sua integridade estrutural e funcional. Existe então simetria funcional nesta célula. Ou seja, a existência da vida nesta célula é preservada. A célula portanto é simétrica no plano da vida.
Desta maneira licenciosa de pensar podemos encontrar a “alma” da simetria, ou melhor, a essência da simetria, em todos os lugares e nichos possíveis de nosso universo, desde o macro até o microcosmo e desde as formas físicas conhecidas até outros tipos de entidades.
Entidade é tudo que existe de forma uníssona em torno de um eixo particular de simetria.. Por exemplo uma partícula atômica é uma entidade. Um átomo constituído de partículas atômicas formando um uníssono também é uma entidade. Uma molécula com características específicas, decorrentes da perfeita interação de seus átomos também da mesma forma é uma entidade. A célula que é uma unidade funcional igualmente é uma entidade.
Porém se pegarmos partículas atômicas que não interajam de forma harmônica e se as colocarmos juntas, nunca formaram a entidade de um átomo. Da mesma forma os átomos precisam interagir harmonicamente para forma uma molécula específica e assim em diante.
Não basta um aglomerado de entidades para formar uma nova entidade.
A entidade preserva suas características essenciais, pois possui uma simetria ao longo do eixo de sua existência.
A própria interação das partes de uma entidade deve obedecer a regras de simetria, pois caso contrário não poderão ocorrer, pois que a simetria implica em conservação de energia e também em preservação das características essenciais das entidades que participam da relação.
As interações que seguem regras de simetria e portanto harmônicas, propiciam a complexidade crescente das novas entidades que venham a surgir.

Da mesma forma que uma célula pode ser considerada uma entidade, uma mente também pode ser considerada como uma entidade, ou como um sistema uníssono que preserva suas características essências ao longo do tempo. Podemos abstrair e dizer que a mente possui simetria no plano da consciência..
No momento em que aceitamos a mente como uma entidade simétrica podemos abstrair que seu movimento, o pensamento, pode ser mais o menos harmônico dependendo do grau de simetria desta mente.
Quanto maior a simetria presente maior o estado de equilíbrio dinâmico desta mente, pois embora esteja em constante movimento, eles sempre se darão de forma ordenada permitindo o equilíbrio final. Pode-se supor então que os pensamentos para garantirem a simetria da mente devem da mesma forma seguirem regras de simetrias entre si. Regas de correspondência harmônica.
Desde que a entidade em foco, simples ou complexa, e não importando se for um objeto, ou uma célula ou a própria mente, venha a possuir um movimento harmônico ao redor de um ou mais eixos, e desde que a característica essencial deste ente seja preservada, a simetria será encontrada.
Como vimos existem simetrias das formas, mas também simetrias das leis do universo e da mesma forma simetrias mais abstratas, porém todas elas permitem um mesmo padrão de equilíbrio.
Da mesma forma que existe diversidade das entidades que comportem a simetria, existem também diversas formas de movimento presentes nestes sistemas ou decorrentes destes sistemas, desde movimentos especificamente físicos, inerciais ou acelerados, até os movimentos mais exóticos como o movimento do pensamento, por exemplo, que como um rio percorre o leito de nossa mente.
As simetrias internas de um sistema permitem que este sistema exista como uma entidade própria e que este mesmo sistema-entidade possa de forma idêntica participar de outros sistemas, fazendo parte de simetrias externas a ele.
Não seria absurdo pensar que nosso universo se pauta na simetria para existir. Também podemos nos atrever a dizer que não há movimento, relações ou mesmo existência sem simetria. O equilíbrio decorrente da simetria e das interações simétricas é o que viabiliza o movimento e a continuidade.
Simetrias maiores ou menores propiciando o surgir de entidades complexas ou simplórias.


Retornando as hipotéticas simetrias funcionais, seja de uma célula ou de uma mente, observamos existem mudanças, que poderiam implicar em perda de simetria, mas um esforço é sempre feito no sentido de se recuperar a simetria, então ao longo do tempo a simetria é mantida. Lembrando-se que a simetria implica em transformações possíveis que mantenham inalteradas características essenciais do sistema. Existe portanto flexibilidade permitindo a mudança, mas sem se conspurcar a essência.
Fato interessante é que existe uma aparente força viva direcionada na manutenção e no aumento da simetria, propiciando o surgir de sistemas cada vez mais complexos.
Não é difícil de entender o motivo para isto, pois se a simetria possibilita a conservação da energia e de características essenciais das entidades ao longo do tempo ela naturalmente viabilizará a prosperidade de novos sistemas ainda mais complexos e surpreendentes.
É o movimento que passa a respirar graças a simetria e depois a andar e posteriormente a voar, em uma ciclo de eventos que se sucedem harmônica e continuamente sem quebras ou dissoluções..
A simetria é portanto a mantedora natural do movimento e da complexidade
A energia sendo protegida e preservada na simetria acaba por prosperar, permitindo o surgir das entidades desde as mais simples as mais elaboradas.

Porém nos perguntaríamos porque as leis básicas do universo são viabilizadoras deste padrão? A resposta pode estar no início de tudo, onde segundo hipóteses cosmológicas atuais haveria um estado de simetria plena. Portanto o universo teria sido gerado no início a partir de um ventre simétrico.
Como a bala de uma arma sai obedecendo a rotações determinadas pelas ranhuras do cano que lhe permitiu a saída, o universo segue o padrão de simetria a partir do qual foi gerado.

Ao contrário do que se possa pensar a princípio, podemos dizer que quanto maior o grau de simetria maior também será a possibilidade de movimentos. Ë só recordar da elipse, do círculo e da esfera.
Pensamos no preceito de simetria e lembramos logo de imutabilidade. Porém a imutabilidade se refere as características essenciais preservadas ao longo do tempo, como a complexidade, a ordem e o equilíbrio dinâmico, permitindo assim todas as criativas e prósperas transformações que se sucedem ad continuum.

A simetria seria o ponto de convergência ao equilíbrio de todo um universo de movimentos e transformações, garantindo sua existência e continuidade. Ou seja, sem simetria não existiria fertilidade de movimentos. Ou sequer o próprio movimento no palco da existência. Sem simetria não haveria nem mesmo universo.

Não é difícil se perceber após breves estudos das ciências que a simetria é utilizada como ferramenta para se compreender o universo, mas o que também percebo que isto só é possível porque a própria simetria está no cerne de tudo.
Ou seja, usam a simetria como instrumento para se entender a essência do universo sem talvez aventarem a possibilidade de ser ela própria, a simetria e seus desdobramentos, a verdadeira essência de tudo.

Havíamos falado anteriormente de que poderíamos abstrair a idéia de simetria das formas físicas para entidades mais abstratas ou sistemas especiais, sendo que um exemplo fornecido foi o de uma célula viva.
Falamos também que a interação simétricas entre as partes do sistema garantiriam a manutenção do próprio sistema.
Gostaríamos agora de chamar esta integração harmônica, dentro das regras da própria simetria, de ordem.
A ordem é uma manifestação da simetria, e todas as partes do sistema estão igualmente presas ao seu campo de atração.
A ordem por si só também se torna eixo de simetria, ao redor da qual todos os movimentos passarão a se dar. Simetrias gerando novas e novas simetrias como uma bela árvore fractal, cujos padrões se repetem ao infinito.

Todas as partes que compõem a célula estão, no que diz respeito às suas funções, eqüidistantes de um mesmo eixo de importância. Neste caso a semelhança entre as partes depende do tipo de espelho que se interpõe entre elas.
Poderíamos dizer que a ordem é um destes eixos a agrupar simetricamente ao redor de si as partes funcionais desta célula, e a refletir de uma forma viva suas semelhanças, unindo-as em sentido. Poderíamos de a mesma forma dizer que quanto maior a ordem maior a eficiência do movimento decorrente.
Como vimos todas as partes do sistema celular giram ao redor deste eixo, garantindo seu equilíbrio e sua continuidade no palco da existência.
Como se fosse uma esfera a deslizar sobre uma superfície lisa, a célula de a mesma forma desliza sobre a superfície da existência, graças à sua simetria funcional.
Poderíamos dizer que é a semelhança de que estas partes compartilham, ou seja, o que elas possuem em comum, que garante esta interação harmônica entre elas.
Como afirmamos existe uma simetria envolvida regendo as interações entre as partes, dando a elas a similaridade e viabilizando sua interação. Como uma folha de papel dobrada ao meio e o vinco dela atraindo as partes que estão nas abas para um mesmo centro de sentido.
Uma parte pode interagir harmonicamente com outra a formar uma nova entidade, graças ao vinco de simetria.
Poderíamos dizer que a interação harmônica ocorre graças a um eixo de simetria. O eixo de simetria seria a razão do próprio movimento de existência desta nova entidade formada a partir de suas partes, mantendo-as interagindo harmonicamente entre si, garantindo sua existência.
O eixo se simetria entalha nas partes as semelhanças que viabilizarão suas relações harmoniosas.
Existem muitos eixos de convergência unindo as partes propiciando o surgimento de todo um fluxo de entidades.
Como se um espelho tivesse o poder de estimular semelhanças entre os dois lados criando a mágica de sua fusão harmônica e garantindo o surgir de novas entidades distintas.

Um objeto pode ser simétrico, e pode ser ele próprio parte de outras semelhanças. Ou seja, um sistema em si é também parte de outros sistemas. A simetria de um objeto permite que ele se relacione de forma equilibrada com outro objeto garantindo a simetria do sistema do qual os dois pertencem.
O sistema enquanto existir manterá suas características, ou seja, sua simetria, isto graças a possibilidade de movimento ordenado. As partes do sistema então interagem mantendo uma relação de equilíbrio. O eixo de simetria garante e fomenta a familiaridade entre as partes, sendo por sua vez sustentado por elas. Este sistema simétrico com um movimento ou assinatura própria se torna uma nova entidade contando uma nova história na linha da existência.

Um sistema menor por sua vez é parte de outros sistemas maiores.
Sistemas pequenos ou grandes, todos possuem eixos de simetria, mantendo características em comum que os tornam unidades físicas ou funcionais, preservando assim e estimulando seus movimentos próprios, permitindo a eles um sentido.
Podemos dizer que como tudo possui a mesma origem, está desta forma interligado. Todos os sistemas podem interagir dentro das regras de simetria. A própria simetria de um sistema pode sofrer alterações com estas relações.
Graças a esta diversidade de sistemas e graças a fluidez das partes dos sistemas, podemos inferir que exista também uma espécie de maleabilidade em termos de graus de simetria. Ou seja, um sistema pode ter um incremento ou decréscimo de seu grau de simetria ao longo do tempo e ao longo de sua interação com outros sistemas, criando assim o espaço para uma diversidade infinita de possibilidades para o movimento. Dando a eles desenhos peculiares e fantásticos.

De acordo com a teoria dos grupos, que rege as operações possíveis de simetrias, muitos eixos de simetria permitirão uma diversidade enorme de possibilidades de movimentos de um objeto ou de um conjunto de objetos. Estas diversidades de possibilidades seguem as regras pré-estabelecidas pelas próprias leis físicas do universo, que desde o início dos tempos propiciaram a existência de tudo o que conhecemos.

Aqui neste livro veremos pensamentos e abstrações que têm como eixo de simetria a própria simetria e como ela coordena todos os movimentos existentes, servindo de leito para eles. Como se o universo fosse um grande leito de simetria, comportando uma infinidade de outros leitos, ou caminhos de simetria. Caminhos grandes ou pequenos, simples ou complexos, e concretos ou abstratos. Caminhos que como giz riscam todo o cosmo com uma infinidade de formas e possibilidades.